A Cor da Coragem de Julian Kulski

Título: A cor da coragem
Autora: Julian Kulski            
Ano: 2016
Editora: Valentina
Páginas: 416
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Sinopse:
"Afinal, o que fica para um homem, além da sua honra… e da coragem de viver por ela?" Julian Kulski Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia. É o início da Segunda Guerra Mundial. Em poucos dias, Varsóvia se rende aos alemães, soldados poloneses depõem suas armas, a cidade já é um amontoado de escombros. Julian Kulski é um menino polonês de apenas 10 anos de idade. Filho do vice-prefeito de Varsóvia, escoteiro ousado e entusiástico, ele tem a firme convicção de que deverá lutar contra o Invasor. A cor da coragem é o diário de Julian Kulski, a história de seu amadurecimento durante os cinco anos da brutal ocupação alemã.
Diferentemente do diário de Anne Frank, narrado a partir da sua clausura no esconderijo de um prédio em Amsterdã, o de Julian Kulski se passa nas ruas de Varsóvia, no front, no combate cara a cara com o inimigo, no infame Gueto onde se encontram seres humanos famintos, desesperados e doentes à mercê de todo tipo de tortura, do enforcamento, do fuzilamento, da câmara de gás... "Este diário, escrito com o coração e pela mão de um adolescente, nos proporciona uma visão única e comovente da Segunda Guerra Mundial". Lech Walesa, Prêmio Nobel da Paz.

É complicado escrever uma resenha sobre uma leitura que de certo modo é dolorosa, quando pensamos em guerras sempre sentimos, ou deveríamos sentir, um desconforto porque sabemos que naquele contexto e ambiente tudo foi intenso e doloroso em excesso, existiu muito sofrimento...
   O livro conta a história de Julian em um formato de diário, dividido em 7 capítulos vamos acompanhando sua história iniciado aos 10 anos, mostrando todas as dificuldades que uma criança tão nova teve de enfrentar tão novo. Aos 12 anos Julian já sabia manusear uma arma e fazia parte da resistência contra os alemães.
    Não consigo descreve exatamente minha relação com a obra, porque ao mesmo tempo que li sobre sofrimento, me vi questionando porque sempre chegamos a esse ponto, porque sempre escolhemos a forma mais cruel. Julian se viu nesse contexto quando tinha apenas 10 anos de idade e já tinha a coragem de encarar o perigo e fazer o que podia, mesmo que fossem atitudes pequenas. Eu não me imagino deixando uma criança se arriscar assim, mas quem sou eu pra dizer algo se não estive ali...
    Ainda não li do diário de Anne Frank, mas assisti a obra antiga e tive uma noção do que esperar, e mesmo sabendo o conteúdo ainda me surpreende como ela e Julian conseguiram e foram obrigados a amadurecer nesse contexto tão desumano. Ambos perderam parte da infância e a inocência da vida, pelas atitudes e escolhas alheias...
    A obra da editora está linda e informativa, o livro é cheio de imagens, mapas e informações adicionais que situam a leitura e dão ainda mais realismo e profundidade a uma experiência de vida que por si só já é difícil de ser lida.
“Eu era de longe o soldado mais jovem no nosso vagão, e estava separado da maior parte da minha companhia, de modo que me sentia realmente muito só.”

Nota:

4 comentários:

  1. Olá Paac, tudo bem?
    Você como sempre arrasou na resenha. Amo a forma como você escreve e conquista os leitores com a sua palavra. Não conhecia essa obra, mas a premissa dela é muito boa e a sua resenha muito convincente. Dica anotada. beijos

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  2. Oie
    vi quando lançou e parece ser uma história emociante, confesso que nao estava tao curiosa ate ler sua resenha, nao sabia que se tratava de algo tao interessante assim, ótima resenha e a dica esta anotada

    bEIJOS
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  3. Oi Paac!
    Morro de vontade de ler livros que tenha como ambientação uma guerra, porém não sei se serei forte o bastante, apesar de parecer bobagem.
    Adorei a resenha, arrasou!

    Beijos
    http://www.mundoinvertido.com/

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  4. Oie,
    Eu estava esperando uma resenha desse livro! Pela sinopse já tive uma vaga ideia de como seria o livro, e a sua resenha solidou ela. Gosto de livros que se desenvolvem nas guerras, acho informativo, apesar de doloroso as coisas que leio neles. Já adicionei na lista de próximas leituras.

    Beijos
    Bru, Cantinho da Bruna

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