
Nome: A Devolvida
Autor (a): Donatella Di Pietrantonio
Editora: Faro Editorial
Ano: 2019
Páginas: 160
Skoob: Adicione
Sinopse: Considerado um dos grandes romances da Itália, onde vendeu mais de 250 mil exemplares, com direitos negociados para mais de 25 países, e adaptações no teatro e no cinema, a autora Donatella Di Pietrantonio traz uma história sensível e emocionante. Aos 13 anos, uma garota é levada do lar abastado onde vive para uma casa estranha e com pessoas que dizem ser seus pais e irmãos. Na pequena cidade italiana todos conhecem sua história: ela é a criança que os pais naturais, pobres e de família numerosa, “deram” a um parente que não podia ter filhos e que este a devolveu quando a menina frequentava o ensino médio, não por maldade, mas porque a vida pode ser mais complexa do que imaginamos e nos força a fazer escolhas dolorosas. Ela era a devolvida. Sentia-se como uma estrangeira na nova casa e, desde então, a palavra “mãe” travara em sua garganta. Privada até de um adeus por aqueles que sempre acreditou serem seus pais, ela se vê incrédula ao enfrentar o sofrimento de ser abandonada novamente de forma repentina. “Minha vida anterior me distinguiu, me isolou na nova família. Quando voltei, falava outra língua e não sabia mais a quem pertencia”. Forçada a crescer para reintegrar-se ao seu núcleo original, ela vive uma sensação de subtração, de gente esvaziada de significado, e nos ensina em meio à dor como encontrar
“Desde que fui devolvida a ela, a palavra mãe aninhou-se em minha garganta como um sapo que dali nunca saiu.”
Cheia de sensibilidade e uma cruel realidade, A devolvida é uma obra
fácil de ser devorada pela delicadeza com que Donatella escreve, mas difícil de
digerir por tamanha dor que uma criança pode carregar.

Em seus 13 anos de idade, A Devolvida, como logo fica conhecida na
pequena cidade a qual voltou sem nunca ter conhecido agora vê sua vida toda ser
modificada ao ser devolvida a sua família biológica, família essa que nunca
conheceu ou teve contato e que de um dia para o outro precisa aprender a conviver,
família essa que não tem as condições e o conforto ao qual estava acostumada, família
essa que não somente não tem condições financeiras pra mantê-la como também não
tem as condições emocionais.
“Eu era a Devolvida. Não conhecia quase ninguém ainda, mas eles já sabiam bastante a meu respeito. Tinham escutado as conversas dos adultos.”

Como se apegar a uma personagem sem nome? Como se sensibilizar com
alguém que conhecemos toda a história, mas não seu nome, uma parte de sua
identidade. Nossa protagonista tem apenas 13 anos mas já se viu retornando a um
ambiente que nunca esteve antes, com pessoas que tem seu sangue mas não a
reconhecem, com pais negligentes não somente por inabilidade emocional mas
também financeira, e é no colo de sua irmã menor Adriana que nossa protagonista
encontra não somente consolo mas uma forma de lidar com mudanças tão repentinas
e dolorosas, e na companhia de seu irmão Vicenzo que aprende as duras realidade de outro ambiente social. Adriana apesar de nova, tão cheia de responsabilidade, deveres e
afazeres, munida de uma língua afiada e tendo vivido a pobreza desde o
nascimento, vai trazer a nossa protagonista a força necessária pra enfrentar a
vulnerabilidade financeira, a crueldade e o abandono afetivo.
A devolvida é um livro realístico,
com uma história quase cruel mas um final semi feliz, que aborda temas incomuns
como o abandono afetivo e prende o leitor a uma personagem sem nome mas não sem
identidade.

Oiii,
ResponderExcluirQue história pesada em? Porque eu fico com a impressão de que a menina fica com uma super crise de identidade né? Ela perdeu toda a base dela de uma hora para a outra, ainda mais que toda a cidade sabe da situação. Eu fiquei curiosa para saber um pouco mais, e sobre os motivos para ela ter sido devolvida. Anotei a dica por aqui e vou procurar para ler.
Beijinhos...
http://www.equipenerd.com.br/
Eu vi algumas pessoas comentando sobre o livro mas não imaginava que era uma história tão pesada assim.
ResponderExcluirEssa situação que ela vive deve ser muito dificil, ainda mais que ela só tem 13 anos, fiquei muito curiosa agora pra ler o livro, já coloquei na lista de desejos!
Oi Paac,
ResponderExcluiresse livro foi apresentado no Clube do Livro aqui de minha cidade e nossa eu fiquei completamente passado com a premissa dela sabe, me imaginei na pele da garota, ainda que seja ficção deve ser um experiencia terrível.
Beijos!
Eita Já Li
Oi!
ResponderExcluirTudo bem?
Gostei bastante da sua resenha, mas confesso que queria saber mais sobre a história. Não spoiler, mas ficaram algumas indagações sobre a narrativa. Enfim, isso é bom, pois vou procurar por ele e obrigada pela dica. Beijos!
Olá!
ResponderExcluirEssa história me lembrou o começo de Anne with an E, porque ela vira e mexe voltava para o orfanato em que vivia, devolvida. Imagino o drama da protagonista em relação à rejeição sofrida, deve ser um livro muito tenso de se ler.
bjos
Lucy - Por essas páginas
Estou com muita curiosidade sobre esse livro. Gosto de livros assim, intensos, e que fazem nos apegar a protagonista. Sua resenha me deixou ainda mais ansiosa por essa leitura!
ResponderExcluirwww.sonhandoatravesdepalavras.com.br
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirConcordo com você, esse livro é bem realista e senti uma mistura de emoções conflitantes, enquanto realizava a leitura dele ano passado. Fiquei muito chateada com a capa horrível que a edição brasileira ganhou, o que versão da TAG possui de bonita essa possui de feia, uma história tão interessante merecia mais capricho!
Beijos e Abraços Vivi
Resenhas da Viviane
Eu quero muito ler esse livro, acredito que em muitos momentos da leitura eu vou ficar chocada e até mesmo revoltada, mas gosto de livros que mexem assim com a gente
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