NEM UMA A MENOS
Leônia Léa Malta
As dandaras continuam
Sem vez, voz e direitos
Irmanadas por um mundo
Socialmente igual
Não querem flores
Querem respeito às diferenças
A liberdade de decidir
A quem amar
Não querem flores
Querem andar na rua
Sem ouvir cantadas duvidosas
Sem ser estuprada
Com a desculpa da roupa,
Do corpo, da hora, do tempo
Pelo fato de ser mulher
Não querem flores
Querem o direito de usar
O cabelo crespo, cacheado, black
Trançado, assanhado, colorido
Sem ser discriminada
Abaixo a violência social
Sexual, verbal e de gênero
Respeite as minas
As monas, as trans
E toda a diversidade.
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(Texto selecionado para o Projeto Leitura Feminista, iniciado em 2019, em parceria com o blog Poesia na Alma que este ano, no mês de março, apoiará poetisas)
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