Mulheres de quinta
Sou mulher de quinta!
Mulher que pinta sua vida.
Sou mulher distinta.
Não me calo, resisto aos calos.
E sigo, sigo lutando!
Faço cor das minhas feridas, e pintura dos meus danos.
Sou mulher de quinta!
E de toda a rotina semanal.
Sou mulher que pinta, que borda.
E ainda faz arte no seu quintal.
Sou mulher de quinta!
Sou tudo, exceto frágil.
Sou aquela que renasceu e renasce de novo. Transbordo, extravaso, transformo.
Mulher de quinta! Todos os dias renasço.
Do luto, da luta, do fogo, do sangue e do naufrágio.
Não! Não me subestime. Pois, em palavras sucintas.
Eu sou, nós somos… Somos mulheres de quinta! Que lutaremos até o final!
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Além do 8 M
Forte, guerreira Eles notam o que está na borda, na beira. Romantizam, banalizam além da fronteira. Não se engane pelo capitalismo Vai além dessa data. De que adianta? Flores, parabéns e chocolates Se o restante dos dias maltrata, com falas, menosprezo e até faca. A luta diária existe, e nós resistimos. De fases sim! Porém, sempre inteira. E tudo bem não está bem o tempo todo. Mesmo que te apontem o dedo, e julguem seu melhor ser pouco. Rotina, corre, sufoco. Rascunho, rabisco, esboço. Feridas cicatrizadas, mas nunca esquecidas. Trajetórias antepassadas Não fora de vista.
Sobre a Autora:
Dark Ferreira é natural de Barbalha e reside em Juazeiro do Norte - Ceará
Musicista, poetisa, artesã e compositora.
Facebook: @Dark Ferreira
(Texto selecionado para o Projeto Leitura Feminista, iniciado 2019, em parceria com o blog Barda Literária que este ano, no mês de março, apoiará poetisas)
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