VOZES USURPADAS
Cale-se!
Vista-se com o manto de inverno
Recolha-se à solidão dos desejos absurdos
Viva sua natureza morta
Sangre...
Para dar vida
Para dar amor
Para sentir dor
Sangre...
Para ser mulher
Para ser o que é
Para simplesmente sorrir
Liberte-se do fruto proibido
Reescreva sua história
No livro branco das memórias
Suba no palco e grite:
Sou mulher
Mereço respeito!
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(RE)ESCRITAS DO DESTINO
Quiseram calar
A voz da luta
Que clamava por justiça.
Quiseram apagar
O sonho de muitas
Que ecoam todos os dias.
Quiseram amedrontar
A pureza inocente
Que pulsa no ventre.
Quiseram proibir
A escrita de denúncias
Que aflora na poesia.
Quiseram nos matar
Na rua, na escola, na tribuna
Mas somos infinitas e sempre vamos gritar!
(Texto selecionado para o Projeto Leitura Feminista, iniciado 2019, em parceria com o blog Barda Literária que este ano, no mês de março, apoiará poetisas)
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