Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki, por Baek Sehee

 

“ Só estou dizendo que você pode aproveitar a liberdade dos próprios pensamentos.''

      Existem obras que quando estamos em nosso momento mais introspectivo criamos uma certa afinidade, mesmo que ela cutuque em alguns pontos sensíveis, ela também pode ser acolhedora de certo modo, e é isso que encontramos aqui na escrita de Baek Sehee…

     Bae Sehee sempre foi uma criança considerada mais sensível, e depois de passar anos vivendo entre a linha tênue da depressão e da ansiedade ela finalmente busca auxilio de um profissional e começa a fazer terapia. E é aqui que iniciamos nossa entrada em sua experiência durante o acompanhamento psicoterápico, seus pensamentos e sentimentos compartilhados com o leitor.

“ E quanto mais se sacrificar, mais vai esperar em troca.”

 

      Confesso que iniciei essa leitura por causa da indicação do RM do BTS e não me arrependi, essa obra me arrebatou de uma forma que fiquei sentindo o efeito dela por alguns dias. SeHee é um retrato do adoecimento psíquico que vemos ser mais falado abertamente a poucos anos, e acompanhar a cada página seus pensamentos, sentimentos e o processo de autoconhecimento era quase como se eu me visse de certa forma ali, naquelas páginas e com semelhanças naquelas sensações descritas, e ao mesmo tempo estando quase ao lado dela, ouvindo e sentindo tudo que ela vivia naquele momento, como uma conversa muito intima.

“ Mas seu ‘'eu’' do presente está olhando para sua vida e seu passado como se você fosse um fracasso. Quando, da perspectiva do seu ‘'eu’' mais jovem, você é a própria imagem do sucesso.''

 

      Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki é uma obra que traz com muita sensibilidade, cuidado e pessoalidade como é viver, sobreviver e se entender como alguém com transtornos mentais.