Título: Oryx e Crake
Autor: Margaret Atwood
Editora: Rocco
Ano:
2018
Páginas: 352
Skoob: Adicione
Sinopse: Em Oryx e Crake, a prosa sofisticada de Atwood viaja até um futuro próximo, ainda bastante familiar, mas ao mesmo tempo estranho e bizarro para o leitor. O mundo é apresentado como um lugar pós-apocalíptico e melancólico, habitado por criaturas biologicamente modificadas e tomadas pelo vício. O resultado é uma distopia absolutamente original, um lugar onde a civilização e a linguagem desapareceram quase completamente. Primeiro de uma trilogia que inclui O ano do Dilúvio e se encerra com o ainda inédito Maddadão, Oryx e Crake consolida Margaret Atwood como um dos grandes nomes do gênero ficção científica, com histórias marcadas por questões éticas e morais sobre o futuro da humanidade.
Mais
uma vez cá estou pra elogiar, ou não (a depender da sua interpretação haha), outra obra de Atwood. Na leitura dessa
obra eu sinceramente tive dificuldades em finalizar, não somente pelo formato
de escrita da autora, mas pelo conteúdo. Porém, preciso deixar registrado já de
inicio que foi um livro que de algum modo mexeu comigo.
O
‘’homem
das neves’’ antigamente conhecido e intitulado de Jimmy, agora é um adulto solitário vivenciando isoladamente as
experiências de ser o último homem na forma que conhecemos. É a partir de seus
flashbacks que vamos conhecer o passado, a beira da destruição e a nova
realidade, de um mundo pós-apocalíptico, em que humanos, animais e plantas já
não são exatamente o que conhecemos, não somente em aparência, mas em essência.
É difícil falar de uma obra como Oryx
Crake, já que não posso dizer que é simplesmente mais uma obra de ficção.
Margaret traz em sua escrita um formato poético e detalhista, que desde seu início
me deixou confusa e sem entender exatamente qual era a história sendo contada.
Homem das neves, vulgo Jimmy, é o único personagem a expor sua perspectiva, é
nosso narrador e contador, e a todo o momento me questionei até que ponto era
seguro crer em suas falas.
Homem das Neves é um personagem difícil
de ser amado, e também odiado, é fácil compreender sua desolação por ter
perdido quem amava e estar apenas sobrevivendo em um mundo ao qual não pode se
adaptar. Crake, um ser que para
Jimmy era incrível e assustador, para o leitor é um adolescente com suas
amarras e dificuldades, inteligente e ambicioso, questionador da ciência e um
enigma. Oryx, é reflexo do que
podemos ver atualmente, uma criança que sofreu em contexto de vulnerabilidade e
prostituição, e de algum modo seguiu em frente do modo que lhe era possível.
Oryx é Crake, é um estilo de obra que
Margaret produziu com qualidade quando se fala de críticas sociais e políticas.
Assim como é de se esperar a qualidade de escrita e conteúdo, mas não é uma
obra simples ou de rápida leitura, é lenta, poética e detalhista, com conteúdos
morais, sexuais e principalmente éticos. É aquela típica leitura que gera
reflexão.
Nota:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, ele fará o autor do post se sentir feliz e correspondido e mais próximo de você que leu até aqui, obrigada e lembre-se: literatura é arte que empodera e liberta! @bardaliterária.