Stalker, por Tarryn Fisher


Título: Stalker: Quando a inveja se tornar obsessão
Autora: Tarryn Fisher
Editora:  Faro Editorial
Ano: 2018
Páginas: 256
Skoob: Adicione

Sinopse: Deprimida após sofrer um aborto espontâneo, Fig Coxbury passa seu tempo em praças observando as crianças que poderiam ser a sua filha. Até que uma menininha brincando com a mãe desperta uma obsessão. Logo, Fig se vê mudando de casa e de bairro não por necessidade, mas porque a casa vizinha oferece tudo o que ela mais deseja: a filha, o marido e a vida que pertence a outra pessoa.


   Minha primeira experiencia com uma obra de Tarryn e eu não só comecei bem como ainda estou de cara com a ousadia e a escrita envolvente da autora.

   Fig Coxburry é uma mulher solitária que sofreu uma grande perda, até que um dia conhece uma linda garotinha chamada Mercy, e começa a ver nela o reflexo de sua grande perda, a filha que ela poderia ter tido. O problema é que essa garotinha é filha de Jolene e Darius, e para Fig ela é uma mãe desnaturada e seu marido Darius merece alguém melhor. Agora Fig não somente se aproximou da família de Jolene como deseja estar em seu lugar, com sua filha e claro seu marido.


   Ao ver essa obra eu tiver as maiores expectativas possíveis e preciso dizer que Tarryn não somente supriu elas como fez eu me sentir completamente apaixonada por sua escrita e já quero ler mais obras dela. Fig é uma personagem fascinante, narcisista e solitária que viveu anos numa relação abusiva com seu marido e que ao perder sua filha entrou em um processo de solidão e ideações. Darius com toda certeza é o personagem que mais me surpreendeu e chocou nessa obra, seu jeito manipulador e arrogante não somente com Jolene, mas em sua atuação profissional e também seu prazer em ver como a mulher estava cada vez mais envolvida em meio as mentiras de Fig e ele permanecia passivo na ideia de proteção que dizia ter com relação as pessoas que dizia amar. Jolene, a mais forte e incrível de toda a obra, mesmo Fig sendo a principal e estando como foco eu realmente adorei Jolene, ela é centrada, emocionalmente estável – pelo menos aparentemente, e se mantém plena até mesmo nos maiores absurdos.

   É interessante e curioso ver como Fig vai entrando, obtendo confiança e se tornando uma parte da família Avery, como ela se torna uma figura de afeto e carinho dentro daquele núcleo. Jolene e Fig inicialmente se tornam as melhores amigas possíveis, confidentes, quase gêmeas – já que Fig deseja muito ser Jolene e faz de tudo para ser igual a ela, em contraponto vamos descobrindo a aversão de Darius a Fig, ele consegue ver seu lado stalker e obsessivo com Jolene e ao mesmo tempo que se diz querer protege-la a magoa com pequenos detalhes.


 “ A vida é um jogo. E é divertido ser um jogador ativo”

   Dividido em três partes intituladas de: A Psicopata, o Sociopata e A Escritora, o leitor tem a chance de ver sob a perspectiva dos três personagens principais como a história vai ocorrendo e como cada pedacinho dessa teia vai sendo tecida, assim como destruída em seus pontos finais. Acompanhamos diversas fases dessa família, da amizade entre eles, das relações conjugais e também das obsessões de Fig e omissões de Darius. Apenas senti um pouco de falta de Mercy na obra, que pouco foi citada e pouco apareceu mesmo sendo a principalmente motivação de Fig para estar se infiltrando na família Avery, reaver a filha que deveria ser dela.


   Stalker é um livro que prende, sufoca e envolve o leitor, faz o mesmo se sentir cada vez mais atraído por personagens criveis e intensos, além de estar a todo momento envolvido pela obsessão de Fig, a manipulação de Darius e a perspicácia de Jolene. O final é surpreendente e me fez desejar conversar com Terryn Fisher na hora.
Ps: a obra é baseada em uma história real...







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