Córtex, por Franz Keppler


Livro: Córtex
Autor (a): Franz Keppler
Editora: nVersos
Ano: 2013
Páginas: 112
Skoob: Adicione

Sinopse: Escrito pelo jornalista e dramaturgo Franz Keppler, Córtex é a transcrição da peça de mesmo nome de 2012, sucesso de crítica. A peça se desenrola na forma de um monólogo e relata a dedicação de um marido para cuidar da esposa, que, vítima de um AVC, fica em estado vegetativo. Córtex é ainda a narrativa tensa e trágica de um homem que se torna o principal suspeito do desaparecimento da esposa, que vivia presa à cama, e de quem ele era o único cuidador. Córtex é, também, um interrogatório que o espectador-leitor faz consigo mesmo enquanto as resposta balançam como pêndulos à sua frente: será que ele está mentindo? O que realmente aconteceu com ela? Mas o que é verdade? O que é mentira? Córtex é, por fim, um testemunho de amor, dedicação, saudade e ausência e da angústia contraditória de estar perto e longe da pessoa que se ama.



   O livro Córtex, de Franz Keppler, foi uma ótima escolha no escuro. Ele foi uma de minhas compras no Black Friday, digo isso, porque sempre gosto de dar uma foleada antes de comprar, o que era inviável, visto que comprei on line. Mas, como a sinopse, o título e a capa já haviam despertado meu interesse, não senti medo de arriscar, e que grata escolha. 

   Em menos de uma hora já havia me entregue totalmente as 126 páginas de Córtex, com uma subjetividade tão visceral que não senti o tempo ou as páginas passarem. A idealização dos finais felizes romantizados, nem sempre vem acompanhado da paz.

   O texto inicia com o personagem narrador contando o desaparecimento de sua mulher, durante o enredo, o leitor começa a duvidar e a se sensibilizar da história do casal. Um homem que precisa cuidar da esposa, que, com apensas 30 anos, sofre um AVC. Ela passou a viver de forma vegetativa, seu marido passou a viver de forma vegetativa o casamento vivia de forma vegetativa. Um dia, ela desaparece e seu marido passa a ser o principal suspeito.

 “Mesmo que eu estivesse sempre ao lado de minha mulher, não era mais a minha mulher que estava ali. Era o que restou dela, o pouco que restou dela. Não que isso me tenha feito pensar em encontrar outra pessoa, não, eu nunca pensei nisso, para mim só existia o pouco que restou dela. Aquele pouco me bastava. A gente nunca precisou de mais ninguém, acho que já disse isso antes. Mas um dia ela achou que eu precisava.”

   Entre dor, crueldade e humanismo, o livro conduz o leitor à dúvida da razão e emoção. A obra é a transcrição teatral que foi sucesso de crítica em 2012. Infelizmente, não vi a peça, mas posso afirmar que mesmo com todo o drama que as poucas páginas carrega, o amor é também um predominante.







4 comentários:

  1. Ahhh resenha minha por aqui, que fofo. Eu continuo gostando desse livro e achando uma leitura válida, pena não ter visto a peça

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  2. Olá, tudo bem? Eu não conhecia a obra mas a sua resenha me deixou bastante instigada, acho que vem fugindo das ultimas leituras que venho fazendo e não há nada melhor que sair da zona de conforto, sendo assim, vou dar uma olhadinha nos valores e quem sabe aproveitar também.

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  3. Eu não conhecia o livro, mas gostei de saber que foi uma compra que deu tão certo. Fiquei curiosa com o livro

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  4. É tão bom quando compramos um livro no escuro e ele se torna uma grata experiência. Fiquei bem curiosa para saber o que aconteceu com a mulher.

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