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| Créditos da Imagem: Blog Prateleira de Cima |
Nem tudo é o que parece, e quanto mais conhecemos de um país, sua cultura, seu povo e suas dificuldades mais entendemos e somos empáticos a ele, e foi isso que Persépolis trouxe, uma perspectiva intimista e real de um Irã que poucos conhecem ou se movimentam a querer conhecer.
Marji, nossa narradora e personagem principal é quem conta a história de como o Islã se instaurou no Irã, e como ela aos 10 anos foi percebendo as mudanças desse sistema que perdurou até sua vida adulta.
Persépolis nos dá a visão de vida de Marji, iniciando em sua infância, passando por sua adolescência e chegando a vida adulta. Vinda de um família politizada e com acesso a literaturas diversas, Marjane desde pequena encarou a questão social e religiosa do Islã de uma forma mais critica e consciente, e por meio do quadrinho vamos acompanhando suas evoluções, reflexões e pensamentos de modo por vezes irônico e com humor ácido mas sempre com críticas importantes a como todo o regime se instaurou e como modificou a vida de cada pessoa do país.
A obra foi a segunda leitura do Projeto de Leitura Feminista, e nos traz a percepção de uma garota que viu seus direitos, como menina e futura mulher serem tirados, e criticando-os lutou a seu modo para manter sua personalidade, uma garota que viu sua vida passar enquanto o regime do Islã se instaurava, e se tornou resiliente a partir de algumas tragédias. Como leitora percebi a força de Marjane em contar sua história, suas percepções, não só de forma a falar do seu país mas de contar ao mundo sobre essa doutrina religiosa que reprimia a liberdade dos cidadãos Iranianos. E não somente isso, a narração de Marji situa o leitor acerca da história do país, sua história, suas lendas, seu povo e cultura e como cada regra e imposição nova ia modificando as vidas da população e do meio social e principalmente das meninas e mulheres, e como ela uma garota com acesso se tornou refugiada, uma estranha em outro país e depois uma estranha em seu próprio lar.
Persépolis é um quadrinho não somente sobre a história de um país e suas questões sociais e religiosas, mas principalmente sobre viver e sobreviver em meio a um regime que limita a individualidade de cada pessoa que se opõe a ele.
A leitura de Julho do #ProjetoLeituraFeminista foi a obra Persépolis da autora Marjane Satrapi, obra autobiográfica, lançada pela Editora Companhia das letras em 2007.
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Já conhece o Projeto Leitura Feminista? É um projeto criado por mim (Letícia) e a Lilian Farias e que busca trazer conteúdos sobre feminismo de uma forma mais acessível e diversificada com debates e leituras para todos os gostos. Em 2021 trouxemos novamente o Projeto, com ainda mais diversidade e novas perspectivas. Se tiver interesse em conhecer mais clique na imagem abaixo e visite também nossos posts nas redes sociais.
Que resenha incrível! Eu já tinha visto essa capa em algum momento, mas ainda não tinha parado para saber do que se tratava. Amei saber mais sobre ela e, principalmente, por ser uma leitura que menciona um país que não é muito mencionado na literatura (pelo menos nas minhas nunca foram, preciso conhecer novas culturas, aliás). Esse seria um bom título para começar, especialmente pela pegada feminista, que amei.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Nossa, acho esse título bem intrigante. Principalmente, por se tratar de mostrar nossa narradora e personagem principal, sem dúvida, contando a história de como o Islã se instaurou no Irã. Além de apresentar como ela aos 10 anos foi tomando percepção das mudanças desse sistema que perdurou até a vida adulta dela. É difícil de imaginar tudo sem ler tal narração. Mas, achei bem apresentado pelo que expôs aqui. Essa edição da capa está linda também. Curti bastante conferir as suas considerações sobre a obra. Gostei por haver essa pegada mais feminista, igualmente.
ResponderExcluirEsse livro foi uma escolha fantástica, tive a oportunidade de ler novamente e sempre fico feliz com a sutileza com que o tema é tratado sem deixar de ser impactante
ResponderExcluirQuando eu li Persépolis, eu tive a mesma sensação em relação a cultura que você trouxe. Porque a proposta da obra é trazer esse choque da realidade mesmo. E é bem dolorido de acompanhar, mas é maravilhoso!
ResponderExcluirPersépolis é uma história muito divulgada. Sempre vejo resenhas, fotos e divulgação dessa HQ. E compreendo como essa história é importante.
ResponderExcluirEspero ter chances de conhecer melhor suas minúcias quando puder adquirir!
Abraços.
Oi, tudo bem? Que projeto mais interessante. Incrível poder conhecer autores e/ou livros diferentes e trocar informações com outros leitores. Quando o assunto é Oriente Médio creio que ainda é uma realidade muito longe da que vivemos. Não apenas pelas guerras mas pela cultura em si. Não sabemos quase nada daquele povo. O que é uma pena. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEu nunca li, mas tenho bastante curiosidade com essa história. Achei uma excelente escolha para esse projeto, porque sempre me pareceu que trata sobre como a mulher, sendo tratada no Irã, precisa de ajuda! Fico muito interessada nessa perspectiva da Satrapi!
ResponderExcluirEssa HQ é maravilhosa. Foi um prazer poder reler com vocês no projeto. Fico feliz que tu tenha curtido a leitura.
ResponderExcluirTschuss