Noturnos, por Tom Fletcher

       Uma obra que você cria uma ideia na sua cabeça de como vai ser, e se surpreende muito a cada página, do inicio ao fim.

     Imagine você acordar um dia e perceber que todos os adultos da sua cidade sumiram, e todas as crianças estão sozinhas. É exatamente isso que acontece na cidade de Baforadina, Lucy Fédor acorda um dia e simplesmente não encontra sua mãe, não encontra os adultos da cidade e percebe que agora em todos os lugares só tem ela e as outras crianças. Apesar de inicialmente parecer um sonho viver sem adultos e suas regras, Lucy não se dá por vencida e acaba descobrindo a existência monstros barulhentos e que foram eles que levaram todos os adultos, agora resta a ela entrar nessa aventura e salvar todos os adultos.

    O típico livro infanto juvenil, mas aqui temos alguns adendos que tornam a leitura ainda mais prazerosa e uma experiência a ser vivida, a primeira é o fato do livro ter a própria playlist, com qrcodes que estão espalhados pelas páginas e as músicas são feitas pelo próprio cantor, que é o autor. O segundo adendo é que nosso narrador é ativo, participante durante a história e por vezes até influencia no que narra, gerando cenas engraçadas e conversando com o leitor.

      Tom Fletcher é um autor que sabe criar personagens, Lucy é a típica criança boa amiga, com boa moral mas ainda assim com todos os toques infantis da idade, e apesar do toque de maturidade que a torna a líder das crianças sua moralidade infantil é apaixonante, principalmente nos momentos mais críticos de sua aventura; os monstros barulhentos são uma graça a parte, com nomes tão engraçados quantos dos outros personagens da cidade.

       Noturnos é um um infanto juvenil divertido, irreverente, com muitos pontos altos e uma leitura muito gostosa de fazer e de acompanhar.