Dora, por Bianca Pinheiro

 



     Não sei como definir e nomear tudo que percebi e senti lendo esse quadrinho mas iniciar a leitura com uma mãe desolada e um policial querendo uma confissão, é realmente uma excelente premissa.

     Dora em seu nascimento não chorou, sua face séria e sem nenhuma feição ou emoção sempre trouxe desconfiança a quem a via, mas para sua mãe Dora era somente sua amada bebê e filha. O que ela não sabia era que sua amada criança poderia ir além do que suas próprias crenças acreditavam.

     Dora é uma criança diferente, para todos ela é assustadora, estranha, ‘'esquisita’' mas em uma relação que se assemelha a um estranho afeto que não sabemos se é reciproco, sua mãe relata entender exatamente tudo que sua filha precisa e ‘'diz’' apesar da menina nunca ter falado uma palavra.

     Me pergunto até que ponto Bianca experienciou e testou antes de criar um quadrinho cujo o terror está justamente no não dito, no ‘'quase’' não visto e principalmente na forma de trazer pelo desenho o incomodo e desconforto de todos que passavam ou estavam próximos a nossa ‘'criança especial’'.

      Dora é estranho, curioso e muito esquisito, durante a leitura você entende o funcionamento da história, no pósfácio você entende a motivação da autora e ainda assim muitas questões ficam abertas na cabeça do leitor que quer conhecer ainda mais dessa criança ‘'especial’' mesmo sabendo que talvez não seja necessário…





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