Existem leituras que prendem o leitor por sua simplicidade e aquele pezinho no chão que só reconhecemos ao olhar pra dentro, e é exatamente isso que esse livro representa.
Em textos curtos e sem muita ligação entre um e outro a obra de Sandra conta sobre a vida de Esperanza, uma garotinha, filha de imigrantes, que antes de morar na rua Mango morou em diversos outros lugares, mas é em sua nova moradia e na Rua Mango que ela vivencia as histórias que conhecemos por meio de capítulos curtos, que nos traçam a história dessa pequena garota e das pessoas que ela conhece durante sua trajetória.
A Casa na Rua Mango é o estilo de livro que cativa pela simplicidade, seja na fluidez da escrita ou na narrativa de quem nos conta suas histórias, seja na observação das vidas que haviam ali naquela rua e arredores ou naquilo que o leitor acabar encontrando nas páginas que o faz se identificar. É justamente aí que está o apego que se cria durante a leitura, na identificação dessas simplicidades em nosso cotidiano, quem nunca foi Esperanza brincando na rua, observando e conhecendo figuras estranhas.
Sandra nos envolve ao contar sobre as experiências das famílias latinas que sobrevivem em meio a locais rotulados como perigosos, a um país que segrega por causa de sua raça, cultura e idioma diferentes. A cada página conhecemos a história de vida da mãe da protagonista que se deixou no meio do caminho, das pequenas e brutas violências que meninas sofrem diante de casamentos arranjados e forçados pela ideia de liberdade ou pela ideia de liberdade de poder andar livremente pelas ruas, ou a própria liberdade diante um ambiente que não reflete os sonhos que ali existem.
A casa na Rua Mango é cativante e ao mesmo tempo doloroso, toda a simplicidade de histórias que poderiam ser nossas e que de certa forma são, estão sendo contadas por uma personagem que fala de si, fala dos outros, do que viveu durante sua trajetória e registrou nesse livro incrível.
Nome: A casa na Rua Mango | Autora: Sandra Cisneiros | Editora: Dublinense | Ano: 2020 | Páginas: 144 | Skoob: Adicione | Compre na Amazon e ajude o Blog!
Eu acho ótimo quando a leitura prende os leitores por sua simplicidade e traz certa identificação através dessa simplicidade presente no nosso cotidiano ao se permitir um olhar observador. E ainda traz o pé no chão por mostrar a realidade de vida de imigrantes. Ótimo que traga fluidez da escrita na narrativa dessas histórias contadas também.
ResponderExcluiré exatamente isso, é nisso que sandra nos pega, na simplicidade e identidade que sentimos com ela.
ExcluirOi, tudo bem? Certos livros prendem nos prendem pela sua simplicidade. Li recentemente um de poesia e não imaginava que a leitura seria tão profunda. Me fez refletir sobre vários temas durante alguns dias. Muitas vezes não importa o tamanho do livro mas a profundidade da escrita e como o autor nos envolve. Amei o título desse. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirtem obras que olhamos e não dizemos o quanto podem ser profundas né?
ExcluirEssa obra parece ser muito interessante e bem meu estilo. E acho que a simplicidade, muita das vezes, é melhor do que o complexo. Porque, às vezes, demais acaba atrapalhando. E adorei saber que é sobre o cotidiano e pessoas que vivem a margem.
ResponderExcluiras vezes na simplicidade temos a complexidade né?
ExcluirAinda não conhecia esse livro da editora, parece ótimo, e, acho, não tenho certeza, que de leitura rápida.
ResponderExcluiré um livro que flui muito bem. quando você percebe já acabou e fica a saudade.
ExcluirNossa, que livro hein! Pela capa e pelo título não dá pra imaginar que a história é tão boa assim. Já fiquei com vontade de conhecer todos esses personagens. Amei a indicação.
ResponderExcluirse puder leia, é uma obra muito envolvente e fluída.
ExcluirPoxa, deve ser uma leitura envolvente e tocante. Gosto de tramas assim.
ResponderExcluirObrigada por recomendar essa leitura, Paac
Acho que tu vai gostar viu?
ExcluirCaramba! Parece ser daquelas histórias que mexem com o psicológico da gente...
ResponderExcluirNa mesma hora que nos traz aquela nostalgia, do "antigamente", do brincar na rua, do conhecer os vizinhos; também traz assuntos tão sérios e dolorosos. Deve ser realmente uma baita leitura. Adorei a indicação. Abraços